sábado, 18 de julho de 2009

Diário de Bordo (10) - Paris, a viagem.

Tive apenas dois dias para planejar uma viajem à Paris. Sem mapa, sem guia, sem falar Francês. Mas a proximidade com Londres impulsionou essa decisão e eu precisava aproveitar.

Depois da passagem comprada, hospedagens reservadas, eu sigo rumo a Oxford Street comprar um mapa de Paris. Qualquer que seja. Eu precisava saber qual estação eu iria parar lá, pelo menos. Na livraria que entrei haviam várias opções de guia. Acabei encontrando o que eu havia comprado no Brasil para Londres, só que desta vez eu estava em Londres e tive que comprar o guia para Paris todo em inglês.

Volto pra casa. Faço minha mala com o mínimo de coisas necessárias, afinal eu não sabia se precisaria rodar por Paris com mala nas costas a todo o momento. Imprimo minhas passagens, respiro fundo e vou rumo à estação Victória. Era lá que sairia meu ônibus rumo a Paris e eu precisava chegar cedo. Nunca havia feito uma viagem dessas e nada poderia dar errado.

Canal da Mancha

Na fila para o check in encontro um casal de brasileiros que também segue pra lá. Eles foram acompanhados por uma amiga inglesa que deu todos os toques. Aproveitei e perguntei se havia comida a bordo. “-Não”, respondeu ela. Segui rumo a primeira barraca pra comprar o que quer que seja. Seriam sete horas de viagem.

Antes da viagem comi um bolo de chocolate com uma Fanta acerola que nunca havia visto no Brasil. Devo ter escolhido por parecer com suco de acerola, mas era muito ruim! Tanto que na primeira hora da viagem tive uma grande e jamais vista dor de barriga. Antes de seguir ao banheiro me pergunto:”- Será que é necessário a gente comprar, além da comida, papel higiênico?”. Segurei o quanto pude pra não ter uma surpresa desagradável.

Fui em busca do alívio que precisava. Até em inglês eu falei com Deus. Achei que iria facilitar a comunicação e não ter problemas com tradução! (risos). Ufa! Havia papel. Mas e água? “-To indo pra França”, pensei, “preciso entrar no clima!”.

De repente o ônibus para. “O que é isso?”. Perguntei aos brasileiros, não sabiam, pergunto a francesa ao meu lado (que sabia inglês). Tínhamos que pegar nossa mala, sair do ônibus, pegar o navio por uma hora e meia e atravessar o canal da mancha e de lá seguir de ônibus.

Nunca havia entrado num navio. Aquele parecia Las Vegas. Lugares pra jogar, shoppings, restaurantes. Eu só precisava de um local pra cochilar. Era quase uma hora da manhã! Cada passageiro foi se acomodando, alguns pelo chão, outros pelas cadeiras e outros em sofás. Foi o que fiz.

Buzina toca! É hora de entrar no ônibus e seguir viagem. É hora também de tentar descansar, afinal precisaria de energia para as horas que se seguiam!

Um comentário:

DerlanSoares disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
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