sábado, 18 de julho de 2009

Diário de Bordo (11) - Em um feriado, com um palco em baixo da torre Eiffel e mais de 1 milhão de pessoas como platéia.

A clássica...



Chego à Paris! A estação ainda está fechada. Não há com quem conseguir informações. Eis que surgem dois mochileiros. Ele, americano, ela, japonesa. Me junto aos dois em busca de informações. Encontramos um senhor, baixinho, de cabeça completamente branca que com sua generosidade nos explica como funciona o esquema de passagens e funcionamento do metrô. E, ainda bem, falava inglês.

O casal toma seu rumo, eu permaneço na estação com apenas o telefone do hostel onde iria ficar. Mas que estação seria diante das mais de cinqüenta que eu via no mapa?! Pergunto a um, a outro... “- Do you speak english? (Você fala inglês?)”. Ninguém! “-O que fazer?”, pensei. Mímica! Sempre me falaram que eu me dava bem em Imagem e Ação, então, fui testar! (risos). Resumo da opera, consegui todo o esquema pra chegar aonde precisava.

Chego ao hostel. Tudo era muito novo. Não sabia se era o melhor, se existia pior... após fazer meu check in pergunto se há algum compartimento para colocar minha mala. “-Não. Temos apenas um quarto onde você pode deixar sua mala”, respondeu a dona do local. Encontro um brasileiro e pergunto se não é perigoso deixar a mala naquele quarto. “- Nunca aconteceu nada, fique com seu passaporte em mãos e boa sorte”, respondeu o paulista. “-Seja o que Deus quiser”, concluí. “-Eu tô em Paris!”.

Companhias para esse dia de feriado na capital francesa
Dias antes fiquei sabendo que na minha chegada, em Paris, seria feriado. Eles estariam comemorando a queda da Bastilha... foi quando a Monarquia foi substituída pela República naquele país. Isso pra eles é similar ao sete de setembro no Brasil. Quem havia me falado foi um amigo do tempo de estágio que há 3 anos mora numa cidade próxima da capital francesa. Além disso, ele falou que uma grande turma de brasileiros e franceses iram se encontrar na estação Odeon às 11 da manhã. Foi o que fiz. Parti pra lá!

Próximo das onze não via meu amigo chegar. Há 10 metros encontro um grupo de 5 brasileiros que recentemente foram estudar e morar lá. “-Vocês estão esperando um brasileiro chamado Francisco?”, perguntei. “-Isso, Chico!”, responderam. Era o grupo que iria me acompanhar até a meia noite daquele dia.

Enquanto os shows não começavam, eu precisava melhorar
meu planejamento de uma semana em París
Com a chegada do meu amigo Chico e já familiarizado com meus mais novos amigos franco-brasileiros, seguimos por alguns pontos estratégicos de Paris. Todos, obviamente, sabiam falar Francês, menos eu. Senti-me um analfabeto! (risos). Até pra preparar o crepe, nosso almoço do dia, pedi pra eles colocarem os ingredientes que eles quisessem, porque eu não sabia nem falar “tomate” em francês.

Ficamos conversando até o show começar. Segundo a imprensa havia mais de um milhão de pessoas naquele momento. E a gente lá. Eu emitia um som durante o refrão das músicas, já que não estava entendendo nada! As atrações? Johnny Halliday e Christophe Maé. Johnny é tido como o Roberto Carlos francês. Vesti-se como Reginaldo Rossi e canta como Agnaldo Rayol. Já Christophe é tido como um jovem talento, esse com músicas mais modernas e parecido com cantores jovens que estamos acostumados a ver e escutar.  

Nesse dia não só defini quais pontos valeriam a pena visitar como aprendi a falar o básico do francês. Com os brasileiros, falava português, obviamente. Com os franceses, inglês. As coordenadas precisavam ser dadas naquele momento, amanhã já estaria só. Todos estariam trabalhando e/ou estudando.


Paris_Flickr (25)
Festa na chegada à París. Mais de 1 milhão de pessoas festejavam a queda da bastilha...

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