sábado, 30 de junho de 2012

Planejando o Mochilão – Passo 5

5º Passo: Forma de locomoção/Ordem de deslocamento

Acredito que essa seja a etapa que precise de mais análise.  Isso porque vai depender muito de todo seu planejamento – se você for como mochileiro, claro. Se não, você pode escolher carro e até excursões com pacotes prontos, mas esses não serão tema deste post.

Claro que para uma viagem internacional de 20 dias é necessário pegar um vôo pra chegar ao continente escolhido. No meu caso, escolhi a TAP. Por quê? Porque eu conseguirei entrar por um país e sair por outro pagando igual a se eu escolhesse entrar e sair pelo mesmo lugar – coisa que as outras empresas não ofereciam e que deixariam a viagem mais cara.

Decidida a primeira “grande compra”, parti para as passagens/deslocamentos locais. É importante, nesse ponto, que você defina uma ordem geograficamente lógica para sua viagem. Isso evitará gastos desnecessários e tempo perdido dentro de um transporte (seja busão, trem ou avião).

Nesse segundo passo, percebi, de fato, como são baratas as passagens de avião pela Europa. Mas prestem atenção: o barato pode sair caro. Isso porque os aeroportos ficam distantes dos centros e, além das passagens pra chegar lá encarecerem esse deslocamento, ainda tem o tempo perdido com check-in, malas etc.  Li que em viagens com até 4h de deslocamento é mais vantajoso ir de trem. Quando você define cidades geograficamente próximas, como falei acima, você consegue fazer toda a viagem de trem e consegue preços mais baratos com promoções e pacotes diferenciados.

Para comprar as passagens de trem, acessei o site da Eurail. Ele pode ser lido todo em português, e com pagamento em cartão. Ele dá várias opções de passagens. Tem para uma ou um grupo de pessoas (que sai mais barato, mas tem que viajar junto), tem para jovens e crianças. No meu caso, saiu mais vantajoso comprar o Eurail Select Pass, isso porque escolhi países próximos. Se eu comprasse as passagens individuais, sairia pelo dobro do preço. Clique aqui e veja o blog onde peguei algumas dicas.

Ressalto que essas passagens são vantajosas para viagens entre países; as viagens dentro de um mesmo país, você precisará comprá-las lá. Ainda assim, em muitas cidades é tranqüila a locomoção a pé ou de bicicleta.

sábado, 23 de junho de 2012

Planejando o Mochilão – Passo 4

4º Passo: Para onde e quantos dias.

Quando comecei a montar meu roteiro, pensei em “fazer valer” a viagem. Selecionei alguns países (por achar próximos) e outras tantas cidades. Mas depois parei e pensei: “o que eu quero de fato? Conhecer as cidades e países ou marcar no mapa os lugares que visitei com um “Xis”? Cortei metade da lista. Sabia quantos dias eu teria e não queria correr o risco de passar a viagem dentro de um avião ou trem me locomovendo. E há outro agravante: será meu primeiro mochilão “na vera”, eu preciso estar pronto para imprevistos e adaptações.

Um bom começo é pesquisar sobre os países em sites, guias e conversas com amigos (que já visitaram o país que você está pensando em ir). Agora preste atenção: procure ser imparcial quando captar essas informações. Geralmente costumamos aumentar (pra melhor ou pior) as percepções dos lugares que visitamos. No meio desses comentários, ainda há a cultura, experiências de vida, valores e as preferências de quem emite a opinião “ao vivo” ou virtual. Algo pode ser bom pra um e pode não ser para outro.

Vamos ao meu exemplo. Estou indo pra Holanda. Quero conhecer Amsterdam e um lugarejo chamado Kinderdijk (onde há os originais moinhos de vento e que são patrimônios da humanidade). Em Amsterdam, quero conhecer o museu Van Gogh, a casa de Annie Frank, os canais, a noite, os bairros tradicionais e uma dúzia de pontos turísticos. Ou seja: uma manhã para um museu, a tarde pro outro, a noite pra Red Light, um dia para meia dúzia dos pontos turísticos – com passeio de bicicleta pela cidade, um dia pra outra metade da dúzia – com passeio pelos canais , um dia para Kinderdjk e um turno para o bairro típico holandês chamado Jordan. Pronto! Quatro dias e meio (coloquei 5 dias porque ½ dia vai para o deslocamento) – mas claro, isso serve somente como previsão, já que outras programações podem (e vão) surgir nesse tempo.

Outras escolhas que você pode fazer (e será preciso aumentar o número de dias):

Quer andar menos durante o dia? Aumente para 6 dias.
Quer ir para mais 2 museus? Aumente para 7 dias.
Quer ir pra ver lojas e shoppings também? Aumente pra 8 dias.

Não esqueça de colocar ½ parte do dia para deslocamento. Neste caso, ao final, sairei de Amsterdam rumo à Berlim e isso durará 7 horas.

Outra dica bem interessante é a ideia do bate e volta. Mas isso só vale quando a cidade é próxima (com deslocamento de no máximo 2h). Isso eu vou fazer quando for para Bruxelas. Reservei um dia para ir a Bruges, cidade vizinha. Irei e voltarei no mesmo dia tendo a "cidade base" Bruxelas. Com isso tenho o mesmo ponto fixo e evito check-in, check-out e outras coisas que tomam tempo da viagem.

sábado, 16 de junho de 2012

Planejando o Mochilão – Passo 3

3º Passo: Época do ano.

 

Qual experiência você quer passar na sua viagem? Sentir o frio do Chile em agosto ou o calor de Paris nesse mesmo período? Ver as flores da primavera ou os galhos secos do outono? Às vezes, não dá nem pra escolher por causa do trabalho, então, vai quando der!

No meu caso, escolhi o mês de agosto, quando é verão, para o meu destino: Europa. E por dois motivos básicos: 1) vou de mochila, e as roupas de verão deixam ela mais leve e 2) o pico das férias, julho, já passou e as coisas tendem a ser mais baratas. É importante também dar uma pesquisada para saber quais atrações são sazonais no destino escolhido. No meu caso, não haverá nada em especial (a não ser um tapete que é feito na Bélgica somente no mês de agosto! E isso definitivamente não representou nada no meu roteiro).

Resumindo: quer esquiar? Inverno. Quer agito? Verão. Quer pagar menos e encontrar lugares com menos turistas? Vá em maio ou setembro.



sábado, 9 de junho de 2012

Planejando o Mochilão – Passo 2


2º Passo: Duração e custo

Esse é o passo onde a realidade é cruel, afinal, nem tudo que você deseja fazer será po$$ível. É extremamente importante ter uma noção de quanto se vai gastar para não ter surpresas, já que na volta da sua viagem a “vida real” segue. Você precisa saber quantos dias durarão suas férias e quanto tem no bolso para “moldar” essa sua viagem – se bem que quem decide viajar já está juntando dinheiro há um certo tempo (eu, por exemplo!!!)

Nesse passo, você precisa definir se vai almoçar e jantar todos os dias, se fará lanches (mais econômico), se ficará em hotel ou albergue, quais atrações irá visitar e quantos dias terá pra fazer tudo isso.

Um exemplo de viagem cara é ir a Paris, ficar em hotel e fazer refeições em restaurantes. Um exemplo de viagem barata é ir a Londres, ficar na casa de amigos e fazer lanches em supermercados.

Outra coisa que ajuda a ficar mais barata a viagem são as milhas de cartão de crédito e companhias aéreas. Pena que só agora comecei a dá mais valor a isso (antes tarde que nunca).

A equação é simples: quanto tenho em mão$ dividido pela quantidade de dias da viagem. Lembrando que o valor $$ por dia deve contemplar até as lembranças que você poderá comprar em cada lugar. Outra coisa: nada precisa ser estático. Gastou mais do que um previsto em um dia, corte gastos no outro. Gastou menos em um dia, vá à outra atração que não estava no “esquema”. O importante é manter o controle da situação.

Você pode baixar a planilha de custos simples que usei clicando AQUI.

domingo, 3 de junho de 2012

Planejando o Mochilão – Passo 1

Decidido ir a Europa, segui os oito passos básicos para definir essa viagem. Por momentos, pensei em contratar o trabalho de uma agência de viagem, mas desisti e aderi à filosofia do “faça você mesmo”. Por conta e risco! É bom lembrar que fazer um mochilão requer muito planejamento, se não o risco é não aproveitar os lugares. Estou ciente também de que, apesar do planejamento, imprevistos acontecerão e, segundo os mais experientes, a graça do negócio também está aí.

1º Passo: Definição do perfil do mochileiro

Existem vários perfis de viajante. Acredito que o sucesso ou fracasso da sua viagem, principalmente se você vai em grupo – que não é o meu caso - é definir o que é importante pra você. A partir daí, ficará mais fácil definir tempo, custo, entre outras coisas da sua trip.

Se você gosta de ir a bons restaurantes, sair pra balada à noite, visitar muitos museus, seu perfil é diferente do de quem dá valor a árvores, rios, cachoeiras e pequenas vilas. Esses são os dois extremos, mas o equilíbrio entre esses dois mundos é possível de existir (claro!). E é onde se encaixa meu perfil e o da maioria das pessoas que decidem viajar.

Nesse meu roteiro, vou passar por grandes metrópoles e por vilas simples. Um mix entre a agitação e a calmaria. Afinal, estou indo como um “fotógrafo viajante” e meu intuito é observar pessoas, lugares e saber mais da história de cada lugar.

sábado, 2 de junho de 2012

Decidindo o continente para a próxima aventura...

Não é fácil decidir um próximo destino para as férias e, quando se quer conhecer o mundo de mochila nas costas, a tarefa fica ainda mais difícil. Mas nada que não se resolva com algumas leituras, conversas com amigos e pesquisas no nosso amigo Google.
Em 2009, fiz uma viagem fantástica para Londres e Paris e havia decidido que, na próxima oportunidade, escolheria outro continente com cidades que fugissem do “lugar comum”. Por tempos, imaginei viajar pra Índia, já que meu objetivo principal seria clicar lugares exóticos e diferentes.  No entanto, diante de tudo que li, percebi que preciso passar por outras experiências mais leves como mochileiro. Ir à Índia seria um “impacto” muito grande. De tudo que li, o que me fez desistir foi a frase: “Índia, ame ou odeie”, portanto, desisti desse roteiro (pelo menos por enquanto).
O segundo lugar que me passou pela cabeça foi a América Latina, especificamente Peru, Bolívia e Chile. Devido à pouca estrutura para um mochileiro de primeira (segunda) viagem, as férias poderiam ser frustrantes. Decidi que, antes da Índia, iria para o Peru, mas antes disso tudo voltaria para a Europa. Foi o que decidi.
Revisitei esse blog (que estava abandonado) para resgatar as histórias da última viagem e percebi como é bom registrar as viagens através de textos. Não pela audiência (já que não é esse o objetivo), mas por você mesmo, para o futuro!
Então, decidi dar uma repaginada no visual do blog para a próxima aventura (de mochila, claro).
A ideia de atualizar o blog, antes de tudo, é compartilhar meu planejamento, minhas fotos e minhas experiências para viajantes que topem esse tipo de viagem. Sempre com o lema: “Viajando muito, gastando pouco”. Esse, definitivamente, será meu primeiro mochilão (SOZINHO). O “mochilinho”, em 2009, de cinco dias em Paris foi só uma amostra-grátis do que está por vir.
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