quarta-feira, 22 de julho de 2009

Diário de Bordo (17) – Para esquentar do frio, balada em Londres.

Vou pra balada apenas com a estação que irei descer. O frio estava grande, mas o dispositivo que liberou o analgésico natural na França, desta vez liberou calor. Era domingo. “Não haveria outro dia pra ir, então teria que ser hoje”, pensei.

Peguei o último metrô saindo de casa. Só teria condições de voltar a partir das 5:30 quando ele voltaria a funcionar. Não importava se a balada estivesse boa ou ruim, esse seria o horário possível de retorno.

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Meninas fotografando em Londres
Não levei máquina, não levei mapa, apenas dinheiro, passaporte e um papel com o nome da rua. Me perdi. Estava eu, na noite, no frio sem ninguém para dar informações. Era meia noite quando parei em um supermercado e pedi ajuda aos açougueiros que preparavam os produtos pra manhã seguinte. Esquerda, direita... chego à balada. Não vejo fila. Vejo apenas três pessoas entrando a caráter (estilo Londres de se ir à uma balada!). (risos)

Apenas uma parte da grande casa estava aberta. Eram três Dj’s que iriam se reservar durante as seis horas que estavam por vir. Sei que um era de Portugal, os outros não lembro a nacionalidade... meu negócio é MPB, mas eu estava disposto a escutar o tux, tux, tux de Londres.

Entro e peço uma cerveja. Quanto? Vinte reais (minha cabeça convertia instantaneamente). Seria minha única bebida naquela noite. E eu nem gosto de cerveja. Também não procurei o preço do wiski, senão tomaria água nesta noite.

Segui com a mesma tática pra conhecer gente. “I’m from Brazil and you? (Eu sou do Brasil e você?)”. Todo mundo gosta do Brasil, pena que só conheçam Rio e São Paulo. E eu sempre apresentava um lugar ainda melhor... Pernambuco! Eis que conheço uma italiana. Brasil X Itália, em final de copa do mundo. Desta vez ganharam os dois! 

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O centro de Londres


Volto pra casa sem muita pressa. Não consigo dormir mais que três horas. Volto para o centro de Londres. As férias estão chegando ao fim!

Vou às Lojas. Compro algumas coisas que lembre Londres. Camisa do Manchester, chaveiro em formato de “orelhão” londrino, miniatura do ônibus de dois andares. Saio das compras e volto à cultura. Mas já era tarde. A maioria dos museus fecham às 17:30 h. Agora, só amanhã!

Diário de Bordo (16) - Volto a viver Londres com força total!

Caminhos da viagem
Volto a viver Londres. A cidade realmente não se deixa esquecer. Há locais pra conhecer. Por mais que seja possível viver como turista nessa cidade por um longo tempo, dificilmente daria pra ver tudo. É história em cada esquina, em cada construção, em cada museu. Voltarei um cara mais “emuseuzado”. Rodei o mundo nunca única cidade. Fui do Egito à Grécia, da Mesopotâmia ao Peru. Passei por guerras, castelos, caminhos cheios de histórias e culturas.



O dia começou no Science Museum. Pude conhecer as maiores invenções da humanidade e conquistas científicas, técnicas e de engenharia. São mais de 300 mil peças, mas obviamente não fui ver tudo. Comecei pelo fim. Entrei numa loja repleta de engenhocas do dia-a-dia. De comida pra astronauta ao cubo mágico. Eram várias opções de coisas simples, mas que fizeram parte de estudos científicos e agora faziam parte do cotidiano. (No metrô, vi uma mulher com um pacote de comida para astronauta. Realmente tem gente que compra aquilo).
O museu é gigantesco e um layout bastante moderno. Senti-me numa revista em quadrinhos.

Passei por naves espaciais, motores, a evolução da telecomunicação, iluminação, navios, fotografia (obviamente) e computação. Muito interessante ver a evolução de um computador. De grandes máquinas que ocupavam toda uma sala à um aparelho que cabe na palma mão. No espaço tinha muita criança. Por todo o Museu há aparelhos que se pode interagir dependendo do assunto que se está visitando. Então foi muito pai e muita mãe ajudando o filho a montar um circuito elétrico, a se ver através das lentes ópticas, a jogar vídeo game só com o movimento do corpo.

Natural History Museum

Depois de ver a ciência de forma nada traumática, parti para o Natural History Museum. Saí da tecnologia pro tempo dos dinossauros, da idade da pedra.

Já na entrada há um esqueleto de um dinossauro que ocupa todo o hall principal. As salas são repletas de instrumentos que foram utilizados por Adão e Eva e os Flintstones há anos luz de hoje. As salas mais procuradas são as que contam a história dos dinossauros. Tudo é muito bem planejado, a tecnologia é usada de forma adequada. É tanto que dá a impressão de serem animais reais.

Vejo o relógio. Hora de voltar pra casa. Ficou combinado um churrasco “Made in Brazil”.

Churrasco com os afitriões
O churrasco trouxe lembranças do Brasil, não fosse a churrasqueira descartável que nunca havia visto – usou jogou fora (e ja vem com o carvão) e a farinha temperada que não se encontra em supermercado nenhum daqui. Mas foi feito um “bem bolado” com a massa de cuscuz que nada se parece com aquele de milho do Brasil. Fora isso estava bem brasileiro – uma “gostosura”.

“Hoje é o último dia pra curtir uma balada em Londres”, pensei.
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