Hoje eu tirei o dia pra fotografar a noite de Londres e tentar conseguir fotos legais. Mas aqui o dia começa a escurecer às 21:30 mais ou menos. O dia é bem mais longo que no Brasil. Mas como objetivo é objetivo, e esse só dependia de mim, eu tinha que procurar o que fazer nessas mais de 13 horas que ficaria no centro da cidade. Mas, tratando-se de Londres isso não é nada difícil.
Comecei meu dia na estação Victoria, essa daí dá no Palácio de Buckingham. Li no meu guia que a troca de guarda acontece às 11 horas e eu tinha pouco tempo pra chegar lá.
Lotadas estavam todas as ruas que dão acesso ao Palácio. Gente, gente... parecia Olinda em época de carnaval, só que nesses caso, não era fantasia que a turma estava vestindo, embora parecesse, mas a roupa do seu país de origem. E eu, vestido como um brasileiro que sou, tentava pacientemente um local pra fotografar aqueles “soldadinhos de chumbo” de Elizabeth que não havia visto no dia anterior.
Foram umas 30 fotos, para apenas 5 valer. Tinha mão de turista, tinha cabeça, menos os “soldadinhos de chumbo” de Elizabeth! (risos). Inúmeras vezes eu tinha que levantar a câmera pra ver se captava alguma coisa, afinal com 1,68 m eu sou baixinho em qualquer lugar do mundo.
Depois de sair daquela lata de sardinha humana segui rumo ao Big Ben, novamente, para conseguir as fotos que a bateria, ontem, não me deixou. O sol hoje estava legal, o céu também. Eis que surge o jardim paralelo ao Rio Tâmisa. Não resisti. Deitei na grama. Liguei meu mp3 que tocou “Viva La Vida”, de Cold Play. Devo ter repetido essa música umas 10 vezes. Essa foi a trilha oficial da viagem, embora tenha feito uma seleção de Bealtes, Stones, Oásis... É de arrepiar!
Segui rumo ao Lamberth Palace. Trata-se de primeira biblioteca pública da Inglaterra, tem um estilo medieval, muito bonito. Enquanto seguia para o London Aquarium vi do outro lado toda a estrutura do Big e do Parlamento. “Eu tenho que tirar uma foto daqui, mas quem poderia me ajudar?” Não, não foi o Chapolin Colorado (esse deveria estar no México), foi um fotógrafo inglês que estava com sua mega câmera! Depois de dar as coordenadas ele tirou umas 5 fotos. A especialidade desse inglês é tirar fotos apenas em preto e branco. Discutimos a dramaticidade da foto preto e branco frente à colorida (eu... filosofando em Londres! (risos)).
Andei por vários lugares, tirei várias fotos... Foram do London Aquarium, Dalí Universe, British Airways London Eye, Jubille Gardens, Royal Festival Hall, Royal National Theatre, Gabriel’s Wharf, Oxo Tower, Tate Modern até que cheguei no Millennium Bridge, uma ponte bem moderna que foi construída em 2000. A primeira ponte apenas para pedestre sobre o rio Tâmisa, esta deu na St Paul’s Cathedral.
Depois dessa grande caminhada fiz o trajeto de volta ao London Aquarium. Afinal a noite iria demorar a chegar. Sento no banco. Ao meu lado senta um casal de Japonês falando daquele jeito que só eles sabem. “Essa é a hora de me comunicar com um Japonês sem falar Japonês”, pensei eu (muito louco!). Enfim, eles estudam numa universidade que fica a uma hora e meia de Londres, estavam lá para curtir a cidade etc.
Na minha espera para o dia escurecer ainda conversei com um Americano que estava de férias também. Conversamos sobre como é a diferença do inglês britânico e do americano. Falei que era parecido com o português de Portugal e o português do Brasil. Foi ele quem me disse que a luz do Big Ben acendia às 21 horas. E o dia ainda estava claro.
Quando finalmente começa a escurecer chegam dois italianos, um falava italiano e inglês, o outro italiano e "portunhol". Como eu não falava italiano eu tinha que variar entre o Português e o Inglês numa mesma conversa! E o mais engraçado de tudo era quando eu não sabia uma palavra em inglês, falava em português pra um, este traduzia pro italiano pro outro amigo, e este outro amigo falava em inglês. (risos).
O dia finalmente escurece. Eram 22 horas. Eu precisava adiantar as fotos. O metrô funciona até a zero hora e eu não poderia ficar ao relento.
London Eye à noite |
Movimento na noite de Londres próximo a estação |
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