Crianças no Green Park |
Já sei andar em Londres, ou melhor, já sei ler mapas. No primeiro dia eu virava numa rua, na outra, e o mapa continuava na horizontal... acabava me perdendo. Ontem mesmo descobri que posso seguir com o mapa de cabeça pra baixo (não é fantástico!). Isso tem facilitado bastante minha vida.
Como cada dia a gente aprende alguma coisa, além do mapa, aprendi que quando viajamos só devemos escolher a pessoa certa para “bater” uma foto nossa. Ontem o espanhol cortou minha perna. Pra um fotógrafo ter a perna cortada numa fotografia que ele está é o mesmo que tirar doce de criança. Mas como se trata de um favor... Então aprendi que: peça a alguém que está com uma máquina semi profissional na mão. Não que as pessoas que tenham aquelas máquinas menores não saibam fotografar, mas a chance de você acertar é muito pequena. Geralmente quem compra uma máquina maior já tem noção de espaço.
Em frente ao Museu Nacional de Artes de Londres |
Pois bem, hoje visitei o Museu Nacional de Artes de Londres. Obras de inúmeros pintores famosos. Tudo é muito bem estruturado e a vontade de registrar me cegou no aviso: “proibido fotografar”. Tirei o flash da máquina, posicionei no pescoço e como um espião comecei a dar os cliques sem “quase” ninguém notar. Minha preocupação não era como enquadramento. Era com a possibilidade de um “vigia” ver que eu estava burlando o aviso. Clique daqui, dali.. eis que surge um dos “vigias” de obras de arte... “- Senhor, poderia colocar a tampa da máquina?”, disse ele. “-Oh, claro!”, disse eu com a cara de “- nem tinha visto que estava sem a tampa...”.
Saí do museu fui à praça que foi construída em comemoração a vitória que a Inglaterra teve em cima da França na batalha de Waterloo. Vi um leão gigante, lembrei do Sport. E claro, pedi pra um turista me fotografar, um senhor, japa!
Saí da praça e tinha duas opções a fazer: conhecer o palácio da rainha Elizabeth ou ir direto para o Big Ben. Escolhi a Rainha. Realmente é fantástico o lugar. Gramado bem tratado, ouro, luxo, turistas, muito turistas. Aqui na Europa é verão, então acho que tinha o dobro de gente. Quando cheguei uma banda tocava, devia ser a banda real (se é que existe isso). Os guardas são muito bem treinados. É uma simetria de movimento perfeito.
Sequei todo o Palácio de Buckingham e fui para o Green Park. Fotografei todo o estilo de vida Londrino no verão. Lá é a praia deles. Apenas sol, sem mar! Em uma parte do gramado há cadeiras de praias similares as que existem no Brasil. Cansei. Sentei. Eis que surge um indivíduo com cara de Japonês misturado com Chinês (se é que tem diferença), me pedindo pra tirar uma foto dele. Depois do “Thank’s” final ele perguntou se eu era brasileiro. Definitivamente eu tenho cara de brasileiro, que maravilha! (como se brasileiro tivesse uma aparência definida), ou melhor tenho jeito de brasileiro (como seria esse jeito?).
Ao fundo, o Big! |
Esse brasileiro era psiquiatra, de Brasília, e estava em Londres pela quarta vez. Eu poderia aproveitar pra ter uma sessão psiquiátrica com ele, mas acho que foi ele que teve uma sessão comigo. Acho que toda a conversa que ele escutou dos clientes acabou descontando nessa conversa. Mas o cara é muito legal, me deu dicas de locais pra visitar, locais para fazer compras baratas, locais de curso de curta duração de inglês etc... Dois brasileiros juntos só podia dar em Samba.
Estava sem rumo. Qualquer lugar era lugar. Eu e meu mais novo amigo brasileiro em Londres seguimos para o Big Ben. De uma só vez vi o Big, a roda gigante do milênio, o parlamento e o rio. Mas muito superficialmente. E como estava chovendo e nublado achei que não garantiria boas fotos.
Brasileiro é igual em tudo quanto é canto. Falei pro meu amigo que estava com uma bandeira do Brasil na bolsa pra usar num momento e numa foto oportuna. Aí sugiru a idéia de tirar uma foto olhando pro Big com a bandeira nas costas. Ficaram muito legais as fotos! (risos).
Fim do dia. Volta pra casa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário