quarta-feira, 8 de julho de 2009

Diário de Bordo (4) – Prazer Londres!

Londres_Flickr 2 (12)
A primeira visão...
Londres é fantástica de verdade. Ontem estive no local mais movimentado da cidade. Bem... mas antes disso...

Aqui em Londres o principal transporte é o metrô. São várias linhas interligadas. Cada estação representa uma cor. Cada cor tem várias paradas, elas acabam se interligando em algum lugar (é complicado mas nada que um “- Can you help me? (Você pode me ajudar?)” não resolva. No meu primeiro dia peguei o metrô errado... mas isso foi o de menos...

Ainda bem que saí do Brasil com um guia. Um livro que comprei nos 48 do segundo tempo. Ele dá algumas dicas de passeios. Escolhi um: visitar algumas igrejas, alguns jardins, alguns locais culturalmente interessantes. Ao chegar na estação onde tudo acontece em Londres, a Piccadilly Circus, fui posto a prova. E agora? Desenrolo ou não andar pela “capital do mundo”? Agora é a hora, pensei. Saí por uma porta que não saberia aonde iria dar, só queria ver o centro de Londres.

Ao subir nas escadas um mundo de modernidade invadiu meu campo de visão. A cidade realmente enche os olhos. Eu não sabia, definitivamente, onde focar minha lente. Seria pros ônibus que só via em livros? Para as pessoas nos seus mais diferentes modos de se vestir? Seria para arquitetura? Decisão difícil, mas meu dedo (apenas ele), parecia que estava com mal de Parkinson.

Interior da St James's Church
Saí de lá procurando a St James’s Church, seria o primeiro ponto do meu plano pro dia. Perguntava a um, não sabia... a outro, não... eu pensei... vou deixar St James pra depois. Saí andando como alguém que estava anestesiado com tanta movimentação e coisa nova. Eis que surge The Royal Academy of Arts. (Escrever fica cansativo, as fotos falam melhor que qualquer palavra...)

Após fotografar o prédio, os alunos estudando arte, as senhoras tomando aquele cafezinho, o senhor bocejando, peguei meu mapa e segui o roteiro. Próxima parada: Burlington Árcade. Essa é uma das galerias com lojas mais caras de Londres. O que eu fui fazer lá? Fotografar! (risos). Nesse meio tempo encontrei um grupo de espanhóis que estava fazendo curso de inglês. O cara estava falando inglês pior que eu. Então resolvi falar no meu espanhol básico depois que pedi pra ele me fotografar.

Mesmo depois de continuar o roteiro, a igreja de James não saia da minha cabeça. Eu precisava ir lá. Foi aí que eu mudei todo o trajeto e me perdi. Eu... perdido em Londres! Aí chego pedindo ajuda com meu inglês brasileiro a um guarda de um prédio daqui. “Please...” No final ele me perguntou: “ -Você é brasileiro?”, “- Sim”, respondi. Ele não era brasileiro e não sei porque ele fez essa pergunta.

Crianças esperando entrar no museu
Entra numa rua, saí na outra, ler mapa, conversa com um, com outro, faz tudo novamente. Eis que encontro outro brasileiro. Um motoboy. Ele era de SP (pra variar...). Neste momento entendi... Londres tem brasileiro em tudo quanto é canto. Em uma dessas andanças fui perguntar a um garçom como chegaria na Ye Grapes Pub. Ele me perguntou se eu era brasileiro, disse que sim, e desta vez não deixei escapar... “por que todo mundo está perguntando se eu sou brasileiro?” ele respondeu “a gente conhece cara!”. Ri muito. Esse era do RS.

Enfim, encontrei a igreja. Nesse dia visitei vários locais como o Hatchards (acho que a livraria mais antiga de Londres, é do século XVIII); Fortnum & Mason (uma loja com um conceito novo, diferente e que eu não sei explicar); Church of the Immaculate Conception (esse dá pra traduzir); Brown’s Hotel; o local onde os Beatles fez um show no telhado; a loja referencia pro mundo quando se fala em roupas masculinas, entre outros locais... (as fotos depois saem do forno...)

Todo mundo do mundo está aqui. É uma mistura inexplicável.

Eis que, após um dia ensolarado, cai uma chuva de granizo. Em segundos. Aqui em Londres o clima é instável. Pode ta fazendo um sol de rachar como de repente cair granizo com direito a raios! Fantástico, mas tive que voltar pra casa. Desta vez fiz tudo certo, não me perdi. Acho que já aprendi a andar no metrô londrino.

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