Tinha planejado para minha aposentadoria uma vida de aventura. Afinal, os últimos anos da vida, pesava eu, deveriam ser os melhores. Cheio de experiência, desafios superados, sonhos realizados, grana e tempo disponível. Planejei rodar o mundo fotografando e escrevendo num blog minha volta ao mundo, de mochila, em comemoração aos meus 80 anos.
Porém, resolvi antecipar em alguns poucos anos esse sonho. Não poderia ser uma volta ao mundo, já que início de carreira os redimento$ pra se fazer isso $ão poucos (meus sonhos sempre passam por adaptação), mas provar um pouco do gosto de viajar e concretizar uma idéia que a osteoporose, a catarata e as pontes de safena poderiam me impedir de realizar lá na frente.
Mas pra onde ir quando se tem vontade de rodar todo o mundo e se tem pouco dinheiro e tempo para isto? Decisão difícil... A primeira viajem precisaria ser um mix entre passado e futuro. Queria fugir do lugar comum, pelo menos por enquanto. Decisão feita. Destino: Londres.
A Inglaterra me fascinava. Seja pelo inglês, a segunda língua que escolhi falar, seja pela história da hegemonia mundial do passado... É a Inglaterra da família real, da revolução industrial, dos Beatles, dos Rolling Stones, da ciência, da tecnologia, dos museus, das pubs, da modernidade, da congregação de todas as nacionalidades... Então não existiria lugar melhor pra começar essa história de “carteiro viajante”!
Cá estou eu, arrumando minhas malas pra fazer essa viagem, após seis meses da decisão - embora já tenha viajado um bocado, virtualmente, claro. A internet tem me ajudado muito. Pesquisas no google maps, sites de relacionamento, conversas com mochileiros, sites disso, daquilo. Pra saber mais sobre a cultura, pra saber preços de coisas, pra fazer contato com o mundo. (To sentindo que ele ta ficando cada dia menor!). Mas nada substitui uma real experiência – e eu tô na expectativa pra chegar a hora de embarcar.
Lá ta verão. Semana passada deu 30 graus. Londres está com clima de Brasil. Fenomenal!
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