Durante um tour por Berlim, descobri que havia próximo à
cidade um campo de concentração. Ao saber daquilo fiquei instigado a ver de
perto toda aquela estrutura e história que via em filmes. A princípio fiquei na dúvida em
ir. Não só por que haviam vários outros lugares – uma vez que eu estava numa
cidade revolucionária – com também tudo de ruim que aquele lugar representava
na historia da humanidade.
Do centro de Berlim até a cidade de Oranienburg,
onde se encontra o campo de concentração de Sachsenhausen,
levei aproximadamente 1h (45 minutos de trem e 15 minutos caminhando). Comprei
um bilhete válido para as área “ABC” durante 24h e segui, de estação à estação,
rumo à cidade. Ao chegar optei por ir andando (o que me permitiu conhecer a
cidade), mas, pode-se pegar um ônibus (linha 821) até lá.
Vamos lá...
Sachsenhausen foi construído no verão de 1936 – durante o
governo de Hitler - para prisioneiros políticos. A propaganda em torno do campo
tinha o objetivo de convencer o povo alemão que aquele lugar seria usado para
reabilitar os prisioneiros e, depois de “curados”, devolvê-los à sociedade. É tanto
que no portão a gente pode ver os dizeres “Arbeit Macht Frei” (o trabalho
liberta), mas tudo não passava de uma grande farsa.
Portão do campo com a inscrição: Arbeit Macht Frei ("o trabalho liberta"). |
Sachsenhausen foi um dos três maiores campos de concentração
do regime nazista na Alemanha. Lá foram presos além dos judeus, vários estudiosos,
professores, homossexuais e todos aqueles que eram contra o regime nazista. Muitas
dessas pessoas morreram de fome por doenças adquiridas, trabalhos forçados,
resultados de experiências médicas ou executadas à tiros ou nas câmaras de gás.
Sachsenhausen funcionou até abril de 1945 quando a derrota
dos nazistas pelos soviéticos já estava praticamente certa. Os próprios
nazistas ordenaram a evacuação dos prisioneiros na famosa Marcha da Morte, onde
os incapacitados de caminhar foram mortos a tiros. Depois disso Sachsenhausen
tornou-se prisão para os nazistas sob o comando dos soviéticos.
Hoje o local reúne vários museus. É conteúdo para um dia
inteiro. Não considerei um passeio turístico, mas uma experiência de viagem!
Mais fotos e história:
Parte externa dos museus/barracões (interior do local nas fotos abaixo). Mais de 400 pessoas viviam nesse espaço sufocante e em condições subumanas |
Espaço para higiene pessoal |
Banheiro coletivo |
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Acesso à câmara de gás |
Celas individuais para presos considerados muito perigosos |
As ruínas dos fornos de cremação provocam um dos momentos
mais pesados da visita a Sachsenhausen. Depois de mortos, os corpos eram
cremados.
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Alguns trechos extraídos do site: http://www.viajarpelomundo.com/2009/09/sachsenhausen-e-os-prisioneiros-do.html